quarta-feira, 2 de março de 2011

De volta voltaremos


Tenho esse blog faz um tempo. O meu último post foi dedicado ao meu retorno à Redação do Jornal Tribuna Popular, nos idos de 2008. Já se passaram três anos. O Jornal já completou sua maioridade e eu vivi. Mudou muita coisa de lá para cá. Agora sou Professora. Sim com “P” maiúsculo. Descobri nesta profissão algo maravilhoso, que é renovado diariamente com aquele brilho nos olhos dos meus pupilos.
Sou daqueles professores sarcásticos, irônicos, desses mesmo que você vê escorrer veneno. No entanto, me amoleço com qualquer mínimo sinal de calor humano – vamos combinar que neste mundo do “eu” isso não está assim tão fácil – ou de progresso individual e/ou coletivo.
Confesso que no início morria de medo deles, de não ter a autoridade necessária para conduzir uma aula, de não ter o tempo suficiente para exercer todas as obrigações do cargo e, principalmente, de não ser importante no processo educacional destes jovens. Confesso mais, ainda morro de medo que eles saiam da minha sala de aula e digam: “eu não aprendi nada com a Professora Débora”. Tenho certeza que alguns o dizem agora, mas tenho a esperança de que seja fruto daquela ignorância que atinge os nossos dias de adolescente. No fundo – em alguns casos bem no fundo mesmo – nutro por todos um sentimento de amor, que beira ao maternal - apesar de considerar que a escola não é uma família [na família não se há como contestar o poder dos pais, já que são os provedores do lar].
Termino este meu post com aquele sentimento de alegria que brota em nosso coração. Sabe aquele sentimento de que está fazendo uma diferença positiva na vida de alguém? Pois é, assim me sinto. E como dizia uma colega minha nos áureos tempos de Unisc: ter brilho no olho é fundamental. Afinal de contas o aluno percebe nossas inseguranças, nossas frustrações e, especialmente, se estamos lá na frente para receber o salário ao final do mês ou pelo gosto em ensinar.

Nenhum comentário: