quarta-feira, 30 de março de 2011

Graduação em História da Unisc realiza aula inaugural

O curso de História da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) realizará nesta sexta-feira, dia 1º de abril, a sua aula inaugural. O professor Eduardo Munhoz irá ministrar a palestra Petróleo, Potências e Insurreições no Oriente Médio a partir das 19h, no anfiteatro do bloco 18 do campus de Santa Cruz do Sul.


Munhoz possui graduação em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS), mestrado em História e doutorado em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). Também é professor do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade de Passo Fundo e professor colaborador do Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais da Ufrgs.
Atualmente é diretor científico da Associação Brasileira de Estudos de Defesa e coordenador do Grupo de Trabalho de História das Relações Internacionais da Associação Nacional de História (Anpuh). Publicou livros e artigos acadêmicos sobre os temas política externa brasileira, relações internacionais, militares e política, relações militares Brasil-Estados Unidos e relações Brasil-Argentina.

O evento terá entrada franca e é voltado a profissionais e alunos dos cursos de História, Geografia, Relações Internacionais, Direito, Jornalismo e áreas afins, assim como a comunidade em geral. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (51) 3717-7378.

Misturando o que sei

Hoje à noite tenho uma reunião com a coordenação do curso de Jornalismo da Unisc e com a vice-diretora do Goiás, Leila Stacke. Na pauta, a viabilidade de uma parceria entre o educandário e a universidade para a criação de um jornal da escola. É um embrião gestado pela colega Leila e que espero poder alimentar assim que ele nascer. Além disso, conto com a colaboração primorosa dos alunos, já que o jornal é deles e para eles.
Já havia trabalhado com jornais desta espécie antes. Em Sinimbu, onde trabalho em um semanário, as escolas municipais desenvolvem uma série de projetos neste sentido. A "identidade visual" de jornais e revistas já tinham passado pela minha batuta, mas agora posso fazer mais.
Curiosa para ver no que isso vai dar...

Carta de uma professora

Cópia da carta escrita por uma professora, que trabalha  no Colégio Estadual Mesquita, à revista Veja. Esta carta é uma resposta a uma reportagem em que a jornalista defende a idéia de que as aulas sejam cronometradas a fim de medir o tempo que o professor fica em sala de aula e o tempo em que "efetivamente está dando aula". Peço, por favor, que a repassem. Vale a pena ler.

RESPOSTA À REVISTA VEJA

Sou professora do Estado do Paraná e fiquei indignada com a reportagem da jornalista Roberta de Abreu Lima “Aula Cronometrada”. É com grande pesar que vejo quão distante estão seus argumentos sobre as causas do mau desempenho escolar com as VERDADEIRAS razões que geram este panorama desalentador.
Não há necessidade de cronômetros, nem de especialistas para diagnosticar as falhas da educação. Há necessidade de todos os que pensam que: “os professores é que são incapazes de atrair a atenção de alunos repletos de estímulos e inseridos na era digital” entrem numa sala de aula e observem a realidade brasileira.
Que alunos são esses “repletos de estímulos” que muitas vezes não têm o que comer em suas casas quanto mais inseridos na era digital? Em que pais de famílias oriundas da pobreza trabalham tanto que não têm como acompanhar os filhos em suas atividades escolares, e pior em orientá-los para a vida? Isso sem falar nas famílias impregnadas pelas drogas e destruídas pela ignorância e violência, causas essas que infelizmente são trazidas para dentro da maioria das escolas brasileiras.
Está na hora dos professores se rebelarem contra as acusações que lhes são impostas. Problemas da sociedade deverão ser resolvidos pela sociedade e não somente pela escola.
Não gosto de comparar épocas, mas quando penso na minha infância, onde pai e mãe, tios e avós estavam presentes e onde era inadmissível faltar com o respeito aos mais velhos, quanto mais aos professores e não cumprir as obrigações fossem escolares ou simplesmente caseiras, faço comparações com os alunos de hoje “repletos de estímulos”. Estímulos de quê? De passar o dia na rua, não fazer as tarefas, ficar em frente ao computador, alguns até altas horas da noite, (quando o têm), brincando no Orkut, ou o que é ainda pior envolvidos nas drogas. Sem disciplina seguem perdidos na vida. Realmente, nada está bom. Porque o que essas crianças e jovens procuram é amor, atenção, orientação e disciplina.
Rememorando, o que tínhamos nós, os mais velhos, há uns anos atrás de estímulos? Simplesmente: responsabilidade, esperança, alegria.
Esperança que se estudássemos teríamos uma profissão, seríamos realizados na vida. Hoje os jovens constatam que se venderem drogas vão ganhar mais.
Para quê o estudo? Por que numa época com tantos estímulos não vemos olhos brilhantes nos jovens? Quem, dos mais velhos, não lembra a emoção de somente brincar com os amigos, de ir aos piqueniques, subir em árvores?
E, nas aulas, havia respeito, amor pela pátria... Cantávamos o hino nacional diariamente [não que isso seja essencial], tínhamos aulas “chatas” só na lousa e sabíamos ler, escrever e fazer contas com fluência. Se não soubéssemos não iríamos para a 5ª. Série. Precisávamos passar pelo terrível, mas eficiente, exame de admissão. E tínhamos motivação para isso.
Hoje, professores “incapazes” dão aulas na lousa, levam filmes, trabalham com tecnologia, trazem livros de literatura juvenil para leitura em sala-de-aula (o que às vezes resulta em uma revolução), levam alunos à biblioteca e a outros locais educativos (benza, Deus, só os mais corajosos!) e, algumas escolas públicas onde a renda dos pais comporta, até a passeios interessantes, planejados minuciosamente, como ir ao Beto Carrero.
E, mesmo, assim, a indisciplina está presente, nada está bom. Além disso, esses mesmos professores “incapazes”, elaboram atividades escolares como provas, planejamentos, correções nos fins-de-semana, tudo sem remuneração;
Todos os profissionais têm direito a um intervalo que não é cronometrado quando estão cansados. Professores têm 10 minutos de intervalo, quando têm de escolher entre ir ao banheiro ou tomar às pressas o cafezinho. Todos os profissionais têm direito ao vale alimentação, professor tem que se sujeitar a um lanchinho, pago do próprio bolso, mesmo que trabalhe 40 h.semanais. E a saúde? É a única profissão que conheço que embora apresente atestado médico tem que repor as aulas. Plano de saúde? Muito precário. Há de se pensar, então, que são bem remunerados... Mera ilusão! Por isso, cada vez vemos menos profissionais nessa área, só permanecem os que realmente gostam de ensinar, os que estão aposentando-se e estão perplexos com as mudanças havidas no ensino nos últimos tempos e os que aguardam uma chance de “cair fora”.Todos devem ter vocação para Madre Teresa de Calcutá, porque por mais que esforcem-se em ministrar boas aulas, ainda ouvem alunos chamá-los de “vaca”,”puta”, “gordos “, “velhos” entre outras coisas. Como isso é motivante e temos ainda que ter forças para motivar. Mas, ainda não é tão grave. Temos notícias, dia-a-dia, até de agressões a professores por alunos. Futuramente, esses mesmos alunos, talvez agridam seus pais e familiares.
Lembro de um artigo lido, na revista Veja, de Cláudio de Moura Castro, que dizia que um país sucumbe quando o grau de incivilidade de seus cidadãos ultrapassa um certo limite. E acho que esse grau já ultrapassou. Chega de passar alunos que não merecem. Assim, nunca vão saber porque devem estudar e comportar-se na sala de aula; se passam sem estudar mesmo, diante de tantas chances, e com indisciplina... E isso é um crime! Vão passando série após série, e não sabem escrever nem fazer contas simples. Depois a sociedade os exclui, porque não passa a mão na cabeça. Ela é cruel e eles já são adultos.
Por que os alunos do Japão estudam? Por que há cronômetros? Os professores são mais capacitados? Talvez, mas o mais importante É QUE HÁ DISCIPLINA. E é isso que precisamos e não de cronômetros. Lembrando: o professor estadual só percorre sua íngreme carreira mediante cursos, capacitações que são realizadas, preferencialmente aos sábados. Portanto, a grande maioria dos professores está constantemente estudando e aprimorando-se.
Em vez de cronômetros, precisamos de carteiras escolares, livros, materiais, quadras-esportivas cobertas (um luxo para a grande maioria de nossas escolas), e de lousas, sim, em melhores condições e em maior quantidade. Existem muitos colégios nesse Brasil afora que nem cadeiras possuem para os alunos sentarem. E é essa a nossa realidade! E, precisamos, também, urgentemente de educação para que tudo que for fornecido ao aluno não seja destruído por ele mesmo
Em plena era digital, os professores ainda são obrigados a preencher os tais livros de chamada, à mão: sem erros, nem borrões (ô, coisa arcaica!), e ainda assim se ouve falar em cronômetros. Francamente!!!
Passou da hora de todos abrirem os olhos e fazerem algo para evitar uma calamidade no país, futuramente. Os professores não são culpados de uma sociedade incivilizada e de banditismo, e finalmente, se os professores até agora não responderam a todas as acusações de serem despreparados e “incapazes” de prender a atenção do aluno com aulas motivadoras é porque não tiveram TEMPO. Responder a essa reportagem custou-me metade do meu domingo, e duas turmas sem as provas corrigidas.

quinta-feira, 24 de março de 2011

O que uma holandesa disse sobre o Brasil

Os brasileiros acham que o mundo todo presta, menos o Brasil, realmente
 arece que é um vício falar mal do Brasil. Todo lugar tem seus pontos positivos e negativos, mas no exterior eles maximizam os positivos, enquanto no Brasil se maximizam os negativos. Aqui na Holanda, os resultados das eleições demoram horrores porque não há nada automatizado. Só existe uma companhia telefônica e pasmem!: Se você ligar reclamando do serviço, corre o risco de ter seu telefone temporariamente desconectado.

Nos Estados Unidos e na Europa, ninguém tem o hábito de enrolar o sanduíche em um guardanapo - ou de lavar as mãos antes de comer. Nas padarias, feiras e açougues europeus, os atendentes recebem o dinheiro e com mesma mão suja entregam o pão ou a carne.

Em Londres, existe um lugar famosíssimo que vende batatas fritas enroladas em folhas de jornal - e tem fila na porta. Na Europa, não fumante é minoria. Se pedir mesa de não fumante, o garçom ri na sua cara, porque não existe. Fumam até em elevador.

Em Paris, os garçons são conhecidos por seu mau humor e grosseria e qualquer garçom de botequim no Brasil podia ir pra lá dar aulas de 'Como conquistar o Cliente'.

Você sabe como as grandes potências fazem para destruir um povo? Impõem suas crenças e cultura. Se você parar para observar, em todo filme dos EUA a bandeira nacional aparece, e geralmente na hora em que estamos emotivos..

Vocês têm uma língua que, apesar de não se parecer quase nada com a língua
portuguesa, é chamada de língua portuguesa, enquanto que as empresas de software a chamam de português brasileiro, porque não conseguem se comunicar com os seus usuários brasileiros através da língua Portuguesa.

Os brasileiros são vitimas de vários crimes contra a pátria, crenças, cultura, língua, etc... Os brasileiros mais esclarecidos sabem que temos muitas razões para resgatar suas raízes culturais.

Os dados são da Antropos Consulting:

1. O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial.

2. O Brasil é o único país do hemisfério sul que está participando do Projeto Genoma.
3. Numa pesquisa envolvendo 50 cidades de diversos países, a cidade do Rio de Janeiro foi considerada a mais solidária.
4. Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estava informatizado em todas as regiões do Brasil, com resultados em menos de 24 horas depois do início das apurações. O modelo chamou a atenção de uma das maiores potências mundiais: os Estados Unidos, onde a apuração dos votos teve que ser refeita várias vezes, atrasando o resultado e colocando em xeque a credibilidade do processo.
5. Mesmo sendo um país em desenvolvimento, os internautas brasileiros representam uma fatia de 40% do mercado na América Latina.
6. No Brasil, há 14 fábricas de veículos instaladas e outras 4 se instalando, enquanto alguns países vizinhos não possuem nenhuma.
7. Das crianças e adolescentes entre 7 a 14 anos, 97,3% estão estudando.
8. O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com
650 mil novas habilitações a cada mês. 

9. Na telefonia fixa, o país ocupa a quinta posição em número de linhas instaladas.
10. Das empresas brasileiras, 6.890 possuem certificado de qualidade ISO-9000, maior número entre os países em desenvolvimento. No México, são apenas 300 empresas e 265 na Argentina.
11. O Brasil é o segundo maior mercado de jatos e helicópteros executivos.

Por que vocês têm esse vício de só falar mal do Brasil?

1. Por que não se orgulham em dizer que o mercado editorial de livros é maior do que o da Itália, com mais de 50 mil títulos novos a cada ano?

2. Que têm o mais moderno sistema bancário do planeta?

3. Que suas agências de publicidade ganham os melhores e maiores prêmios mundiais?

4. Por que não falam que são o país mais empreendedor do mundo e que mais
de 70% dos brasileiros, pobres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários?

5. Por que não dizem que são hoje a terceira maior democracia do mundo?

6. Que apesar de todas as mazelas, o Congresso está punindo seus próprios
membros, o que raramente ocorre em outros países ditos civilizados?

7. Por que não se lembram que o povo brasileiro é um povo hospitaleiro,
que se esforça para falar a língua dos turistas, gesticula e não mede
esforços para atendê-los bem?

Por que não se orgulham de ser um povo que faz piada da própria desgraça e
que enfrenta os desgostos sambando.

É! O Brasil é um país abençoado de fato..
Bendito este povo, que possui a magia de unir todas as raças, de todos os
credos.

Bendito este povo, que sabe entender todos os sotaques.
Bendito este povo, que oferece todos os tipos de climas para contentar
toda gente.
Bendita seja, querida pátria chamada
Brasil!!

Divulgue esta mensagem para o máximo de pessoas que você puder. Com essa
atitude, talvez não consigamos mudar o modo de pensar de cada brasileiro,
mas ao ler estas palavras irá, pelo menos, por alguns momentos, refletir e
se orgulhar de ser BRASILEIRO!!

terça-feira, 15 de março de 2011

Eu não sou o que penso ser, eu sou aquilo que você pensa de mim

Eu ando me aventurando pelo campo da filosofia. Fruto da necessidade, é bem verdade. Cada vez mais me apaixono por este campo da filosofia, especialmente quando o assunto é filosofar sobre nossa existência na contemporaneidade.
Cada vez mais nós buscamos registrar nossa vã existência. Confesso que este blog também advem deste desejo. Mas qual desejo? De falar e gritar ao mundo que eu existo. Mas só isso não basta.
Tem uma frase que cabe bem nesta conversa: “a gente não é o que pensa ser, somos o que os outros pensam de nós”. Ou seja, a imagem que construímos de nós mesmos, do que somos ou do que queremos ser passa prioritariamente pela avaliação de nossos pares, isto é, da sociedade com o qual convivemos.
Assim, você pode se achar um ótimo profissional. Mas se seus colegas e alunos não compartilharem deste sentimento de nada vai adiantar o seu diploma de mestre, doutor ou PhD.
É por isso que a gente aprecia, cada vez mais, por mais que não admitamos, as novas formas de comunicação possibilitadas com o advento da internet. Em tão poucos anos surgiu o site, o blog, os perfis no Orkut, Facebook, Twitter, Formspring (esqueci algum?!). O que eles nos mostram? Que todos - e até eu - gritoamos ao mundo a nossa existência.
É filosofia também é isso...

segunda-feira, 14 de março de 2011

Detran distribui porte de armas


O Detran está distribuindo porte de armas. Para se inscrever é necessário que o candidato tenha 18 anos completos – não há limite de idade-, seja condutor e tenha um espírito assassino.
Pode até parecer piada a chamada acima, mas eu acho que existem condutores que andaram interpretando desta forma as informações na hora de fazer a CNH – Carteira Nacional de Habilitação. Não é de agora que existem motoristas indignados com os colegas de volante. As imprudências no trânsito não causam só indignação, também são responsáveis por milhares de acidentes – muitas dos quais ceifaram vidas inocentes. Homens e mulheres, crianças e idosos, que deixaram enlutados filhos, pais, companheiros e amigos.
Até quando isso vai durar? Muito provavelmente, nunca se acabe. Mas eu ainda tenho esperança. Tenho esperança de que motoristas não deixem seus carros estacionados nas vias. Sim, na via. Esta cena eu mesma presenciei e lembrei que devo ter um anjo da guarda. Quando viajava de volta à minha residência, no sentido Santa Cruz do Sul – Monte Alverne, no trecho após o trevo de Linha Nova, sou surpreendida por um veículo ESTACIONADO no asfalto, detalhe numa curva. O veículo estava com o pisca ligado como se fosse entrar à direita. No ínicio, cheguei a pensar que o condutor pudesse estar sinalizando para entrar em uma residência. No entanto, quando cheguei mais perto notei que o carro estava parado, e sem ninguém dentro dele. Fiz sinal e iria ultrapassar o carro estacionado na via. Mas, do outro lado, vinha um ônibus. Com a pista molhada da chuva, ao pisar no freio para não bater no ônibus e nem no carro estacionado rodopiei na pista. Por sorte, o meu anjinho da guarda estava acordado e a situação não rendeu mais de um susto.
Mas não para por aí. Poucos dias depois, em uma ladeira com curvas acentuadas, me deparo com um caminhão fazendo uma ultrapassagem em outro caminhão em local proibido. Tive de estacionar para deixá-lo concluir a ultrapassagem. Afinal, que você acha que ia levar a melhor: eu, que estava no carro, ou o motorista do caminhão, que fazia uma ultrapassagem em local proibido?
Outra coisa que me irrita é aquele condutor que não usa o pisca. Não é porque se está em uma localidade do interior ou em um município pequeno que este acessório deixa de ser necessário.
Os acidentes de trânsito matam mais pais e mães de família do que os conflitos e guerras, segundo dados da OMS. O que valida a minha ideia de que andam distribuindo portes de armas no Brasil e no mundo.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Sim, dá para começar de novo


Uma das palestras do início do ano letivo aos professores da EEEB Estado de Goiás foi proferida pelo professor Jéferson Cappelari, autor do livro ABC do Girafes. Apesar de ter lido poucas páginas até o momento, a fala dele foi tão inspiradora que não deu para não se mexer. É impossível ficar impassível a tão mágicas palavras, sequer permanecer imóvel ou até sentar no mesmo lugar, sem perceber as mudanças ou permanências em redor.
Trabalhamos diariamente com pessoas. Seres humanos estes que possuem construções de vida muito distintas, que não choram nem riem pelos mesmos motivos. Este início de ano letivo tem me feito questionar diversas coisas, não sobre os alunos, mas sobre mim. Terminei 2010 um tanto descrente com o papel formador da escola para a vida destes milhares de estudantes que passam pelos bancos escolares. No entanto, prometi a mim – e pelo bem daqueles que me cercam – criar novos pactos de relacionamento.
Eu já havia experimentado esta sensação no finalzinho do ano passado.Um aluno, daqueles que a gente - querendo ou não - acaba rotulando de uma forma digamos não positiva, me proporcionou uma grata surpresa. Em uma prova de Sociologia ele tirou a segunda melhor nota da turma. Eu teria cometido um grande erro se ele não tivesse me lembrado o que eu não tive, no momento, a sensibilidade de perceber: ele progrediu, ele fez melhor do que vinha fazendo e ele queria que eu soubesse disso. Esse ano, no primeiro dia, ele veio e me deu um abraço – daqueles sinceros. É por momentos como este que ser professor, pra mim, se torna recompensador, necessário, indispensável, um verdadeiro sentido para a vida.
Há pouco em uma conversa por msn mais uma dessas surpresas. Uma dessas alunas que não falta nunca, só para ter o prazer de perceber o nosso desprazer quando ela testa os nossos limites. Apesar do sorriso debochado que ele parece ainda ter, construímos um novo pacto para este ano – e para os próximos que virão. Vamos ser melhores do que fomos ontem. Sim, porque eu também preciso ser melhor. Eu também preciso agir e fazer diferente. Eu cresci com ela.
ps.: a escolha da imagem foi pra lá de proposital, afinal nossas relações são praticadas cada vez mais com o acessório da tecnologia. A moral é aproximar, tocar...

Concurso Icom de Jornalismo 2010


Reproduzo abaixo a matéria veiculada na edição de 26 de novembro de 2010, que conta um pouco sobre o prêmio que recebi no ano passado. Não querendo me “gabar”, mas já me achando: este prêmio foi muito importante pra mim, veio quando eu não esperava – mesmo – e coroa um trabalho dedicado que exerço neste meio de comunicação.
"O 8° Concurso Icom de Jornalismo Comunitário - Despontanto Talentos premiou profissionais de oito jornais do Estado na noite do último sábado, em Vera Cruz. O Jornal Tribuna Popular foi premiado na categoria anúncio, com a peça Toda qualidade que você vê, produzida pela jornalista Débora Vogt.
Profissionais do jornalismo e mídia de oito jornais do estado aguardavam ansiosos a divulgação do resultado do concurso Despontando Talentos, promovido pelo Icom - Instituto de Cooperação e Mídia Comunitária. Foram premiados os trabalhos inscritos nas categorias Reportagem, Fotografia e Anúncio. Além disso, os jornais que se destacaram nas categorias Projeto Comunitário e Projeto Gráfico receberam menções honrosas.
De Sinimbu, a coordenadora de redação, jornalista Débora Vogt, foi agraciada com o 5° melhor anúncio, publicado na edição de 16 de outubro de 2009."O anúncio foi publicado no nosso Guia Rural, que é um produto novo lançado no ano passado com informações voltadas para a área rural", explica a jornalista. "Fiquei muito feliz pela conquista do prêmio, pois é o reconhecimento de um trabalho realizado com afinco durante todo o ano. Mais do que isso, é uma forma de incentivar uma qualificação e um empenho maior para manter ou, até mesmo, melhorar a atuação no concurso", completa.
A jornalista destaca a polivalência como uma característica dos profissionais que atuam no Jornal Tribuna Popular. "Em outros jornais, a área de criação de anúncio, vendas e redação é bem distinta. Aqui não é assim. No entanto, esta é uma exigência do mercado de trabalho atual, em que o profissional precisa ser bom em mais de uma tarefa", destaca.
HISTÓRICO
O diretor do Jornal Tribuna Popular, jornalista Paulo Dhiel, destaca o processo de capacitação técnico dos profissionais que atuam na empresa. "Chegamos bem perto de conquistar prêmios em outras categorias. Isso demonstra que estamos fazendo um bom trabalho", afirma. "Além disso, nas últimas cinco edições do Concurso Icom de Jornalismo Comunitário fomos premiados em quatro categorias distintas", completa Paulo.
O primeiro prêmio foi conquistado em 2006 com o melhor projeto comunitário Nossas escolas, nossas comunidades. Em 2007, Paulo Dhiel foi agraciado com o prêmio de segunda melhor fotografia. Depois da criação do novo padrão gráfico, em 2008, o Jornal Tribuna Popular levou o prêmio de terceiro melhor projeto gráfico. Depois do jejum em 2009, este ano foi premiado na categoria anúncio. "Agora só falta o prêmio em reportagem para a nossa galeria", disse Paulo."

De volta voltaremos


Tenho esse blog faz um tempo. O meu último post foi dedicado ao meu retorno à Redação do Jornal Tribuna Popular, nos idos de 2008. Já se passaram três anos. O Jornal já completou sua maioridade e eu vivi. Mudou muita coisa de lá para cá. Agora sou Professora. Sim com “P” maiúsculo. Descobri nesta profissão algo maravilhoso, que é renovado diariamente com aquele brilho nos olhos dos meus pupilos.
Sou daqueles professores sarcásticos, irônicos, desses mesmo que você vê escorrer veneno. No entanto, me amoleço com qualquer mínimo sinal de calor humano – vamos combinar que neste mundo do “eu” isso não está assim tão fácil – ou de progresso individual e/ou coletivo.
Confesso que no início morria de medo deles, de não ter a autoridade necessária para conduzir uma aula, de não ter o tempo suficiente para exercer todas as obrigações do cargo e, principalmente, de não ser importante no processo educacional destes jovens. Confesso mais, ainda morro de medo que eles saiam da minha sala de aula e digam: “eu não aprendi nada com a Professora Débora”. Tenho certeza que alguns o dizem agora, mas tenho a esperança de que seja fruto daquela ignorância que atinge os nossos dias de adolescente. No fundo – em alguns casos bem no fundo mesmo – nutro por todos um sentimento de amor, que beira ao maternal - apesar de considerar que a escola não é uma família [na família não se há como contestar o poder dos pais, já que são os provedores do lar].
Termino este meu post com aquele sentimento de alegria que brota em nosso coração. Sabe aquele sentimento de que está fazendo uma diferença positiva na vida de alguém? Pois é, assim me sinto. E como dizia uma colega minha nos áureos tempos de Unisc: ter brilho no olho é fundamental. Afinal de contas o aluno percebe nossas inseguranças, nossas frustrações e, especialmente, se estamos lá na frente para receber o salário ao final do mês ou pelo gosto em ensinar.